Roadie & Samba Cool
Roadie: Assistente de palco dos músicos de uma banda, montar e desmontar o palco!
Pois é, essa é a minha atual profissão, não é mole, muitas vezes é muito cansativo. Temos de ficar espertos e enxergar coisas q muitas vezes o proprio púlico não vê.
Atualmente trabalho como o músico Seu Jorge, sou o roadie da banda dele, trabalho em todas as apresentações dele q acontecem no Brasil e foi pensando nisso q resolvi fazer meu texto hj!
Pra quem não está sabendo, o Seu Jorge está em cartaz no Na Mata Café todo domingo com o Caatinga de Swing (banda formada com o alto nível do samba carioca atual, incluindo músicos como Carlinhos 7 Cordas e Pretinho da Serrinha), tocando samba de raiz.
É engraçado ver a alta sociedade (do palco era clara a presença de pessoas famosas, estudantes de universidades caras tipo Faap, homens travados q não sabem sambar "isso era realmente patético", bom já deu pra ter uma noção...) indo prestigiar um músico q fala do dia-a-dia do morro, suas formas de conquista "cheirando o cangote da nega"(se vc faz isso com qualquer menina q estava ali presente, provavelmente vc tomaria um tapa!), a infância dificil(como na música Social), enfim, nenhuma daquelas pessoas sabem o q é isso, uma coisa é vc tentar entender a fome, outra é vc sentir fome, são duas coisas bem diferentes, eu mesmo nunca senti fome como esses caras acima citados sentiram.
Fico embasbacado em ver esse público q nunca muda nos shows, essa moda(moda passa e quem segue no meu ponto de vista são todos tolos - eu realmente precisava citar tolo no texto então resolvi fazer isso aqui!) do samba cool é algo q relamente me incomoda, não sou um grande apreciador de samba ou música brasileira, por um lado isso é bonito, é a vitória de um povo reprimido e humilhado, de um povo negro q lutou pra ter seus ideais e q venceu, sou fã da musica negra, adoro musica pop negra (Seal, Stevie Wonder, Michael Jackson, Kool And The Gang, Isacc Hayes, Living Colour e etc..., tudo bem vcs vão pensar, mas isso é musica gringa, eu sei, mas no Brasil o samba virou unânime!), blues de raiz, jazz be bop e pq não samba?!
É engraçado olhar pra trás e ver q essas mesmas pessoas provavelmente não tocariam samba em churrascos ou não iriam ver samba em bares e etc.
O grande cineasta Spike Lee retratou essa divergência entre negros e brancos ao longo de sua carreira, mas no filme Jungle Fever de 1991, ele deixou isso bem claro, ao colocar um negro arquiteto em talentoso e uma branca estagiária vinda de uma familia racista, os conflitos são infinitos, depois li a auto biografia de Malcolm X onde o próprio destaca as vezes q viu pessoas atravessarem a rua para não cruza com o mesmo e o mesmo teve de lutar pra vencer o próprio racismo.
Sei q me referi a pontos relacionados ao racismo e tal, mas o objetivo desse texto é dizer o quanto tolos nós brancos da classe média fomos ao longo do tempo ao ponto de ignorar o talento e a beleza do negro, sendo q boa parte do nosso país é formado por negros e queria deixar claro o nojo q senti e sinto em ver essas loiras oxigenadas e rapazes fortes todos vestindo roupas de marcas, cabelos parecidos q cortaram no mesmo lugar, o mesmo corte de cabelo (isso é bem nostalgico e me faz lembra da minha infância dos bonecos do Playmobiles) me desculpem quanto ao certo tom de agressividade, mas acho ridiculo aquilo e tive de desabafar com vcs meus fiéis leitores q aguardam minha inspiração pra poder limpar a tela do computador de vcs, minha inspiração essa q é preguiçosa e só aparece uma vez por semana!
Acho q fico por aqui e é sempre bom saber q vcs estarão lendo o meu pessimista e sincero texto sempre q ele estiver novo em folha, por favor entre em fiquem a vontade pra cuspir e xingar.
Um grande beijo a todos e até o próximo desabafo!
Pois é, essa é a minha atual profissão, não é mole, muitas vezes é muito cansativo. Temos de ficar espertos e enxergar coisas q muitas vezes o proprio púlico não vê.
Atualmente trabalho como o músico Seu Jorge, sou o roadie da banda dele, trabalho em todas as apresentações dele q acontecem no Brasil e foi pensando nisso q resolvi fazer meu texto hj!
Pra quem não está sabendo, o Seu Jorge está em cartaz no Na Mata Café todo domingo com o Caatinga de Swing (banda formada com o alto nível do samba carioca atual, incluindo músicos como Carlinhos 7 Cordas e Pretinho da Serrinha), tocando samba de raiz.
É engraçado ver a alta sociedade (do palco era clara a presença de pessoas famosas, estudantes de universidades caras tipo Faap, homens travados q não sabem sambar "isso era realmente patético", bom já deu pra ter uma noção...) indo prestigiar um músico q fala do dia-a-dia do morro, suas formas de conquista "cheirando o cangote da nega"(se vc faz isso com qualquer menina q estava ali presente, provavelmente vc tomaria um tapa!), a infância dificil(como na música Social), enfim, nenhuma daquelas pessoas sabem o q é isso, uma coisa é vc tentar entender a fome, outra é vc sentir fome, são duas coisas bem diferentes, eu mesmo nunca senti fome como esses caras acima citados sentiram.
Fico embasbacado em ver esse público q nunca muda nos shows, essa moda(moda passa e quem segue no meu ponto de vista são todos tolos - eu realmente precisava citar tolo no texto então resolvi fazer isso aqui!) do samba cool é algo q relamente me incomoda, não sou um grande apreciador de samba ou música brasileira, por um lado isso é bonito, é a vitória de um povo reprimido e humilhado, de um povo negro q lutou pra ter seus ideais e q venceu, sou fã da musica negra, adoro musica pop negra (Seal, Stevie Wonder, Michael Jackson, Kool And The Gang, Isacc Hayes, Living Colour e etc..., tudo bem vcs vão pensar, mas isso é musica gringa, eu sei, mas no Brasil o samba virou unânime!), blues de raiz, jazz be bop e pq não samba?!
É engraçado olhar pra trás e ver q essas mesmas pessoas provavelmente não tocariam samba em churrascos ou não iriam ver samba em bares e etc.
O grande cineasta Spike Lee retratou essa divergência entre negros e brancos ao longo de sua carreira, mas no filme Jungle Fever de 1991, ele deixou isso bem claro, ao colocar um negro arquiteto em talentoso e uma branca estagiária vinda de uma familia racista, os conflitos são infinitos, depois li a auto biografia de Malcolm X onde o próprio destaca as vezes q viu pessoas atravessarem a rua para não cruza com o mesmo e o mesmo teve de lutar pra vencer o próprio racismo.
Sei q me referi a pontos relacionados ao racismo e tal, mas o objetivo desse texto é dizer o quanto tolos nós brancos da classe média fomos ao longo do tempo ao ponto de ignorar o talento e a beleza do negro, sendo q boa parte do nosso país é formado por negros e queria deixar claro o nojo q senti e sinto em ver essas loiras oxigenadas e rapazes fortes todos vestindo roupas de marcas, cabelos parecidos q cortaram no mesmo lugar, o mesmo corte de cabelo (isso é bem nostalgico e me faz lembra da minha infância dos bonecos do Playmobiles) me desculpem quanto ao certo tom de agressividade, mas acho ridiculo aquilo e tive de desabafar com vcs meus fiéis leitores q aguardam minha inspiração pra poder limpar a tela do computador de vcs, minha inspiração essa q é preguiçosa e só aparece uma vez por semana!
Acho q fico por aqui e é sempre bom saber q vcs estarão lendo o meu pessimista e sincero texto sempre q ele estiver novo em folha, por favor entre em fiquem a vontade pra cuspir e xingar.
Um grande beijo a todos e até o próximo desabafo!
3 Comments:
Mas será que todas esssas "loiras oxigenadas e rapazes fortes todos vestindo roupas de marcas, cabelos parecidos q cortaram no mesmo lugar, o mesmo corte de cabelo" já tiveram uma chance de descobrir um outro lado?
Finalmente consegui comentar. Ufa...
Eu adoro essas pessoas "fakes", pq na verdade elas querem sentir ao menos essa sensação "favela chic"!Talvez desse diálogo possa nascer algum tipo de respeito, ou não. Em febre na selva, Sipke lee, mostra bem, que n existe bandido nem mocinho.
Existe apenas o ser humano e seus conflitos. E o medo do que não conhece.
Estou fascinado pelo Funk Carioca, logo eu, q sempre critiquei o Axé Music e o começo do Funk! Adoraria ir num baile (no morro) e dançar, até meu corpo não aguentar mais! Mas n quero fazer parte daquela realidade, mas pq n? Assim eu posso ajudar a gerar emprego ao menos! Seria eu tão fake assim?
+ uma vez....to aki "pagando P*" pra esse escritor, bloggeiro, meu amigo e q eh O CARA.... adorei falar de playmobiles, das loiras...mas nem tds esses sao vazios e/ou racistas...preconceito tbm eh nao aceitar quem queira se proteger atráz de um rótulo...mas fomos nós q criamos esses valores, e o "mostro" agora cresceu...
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